A saúde-mental no digital

Eu sou a primeira pessoa a dizer-vos que adoro as redes-sociais. A proximidade entre as pessoas, a inspiração que nos traz, a conexão e a oportunidade de divulgarmos negócios através delas… tudo isto são exemplos de coisas boas que o Instagram nos pode oferecer. São também, contudo, exemplos de coisas más que o Instagram tem para nos oferecer. Especialmente para aqueles que usam esta plataforma como ferramenta profissional, há uma linha muito ténue entre aquilo que é lazer e aquilo que é trabalho. Quando abres a app de manhã enquanto tomas o pequeno-almoço, estás no teu momento de entretenimento ou a entrar ao trabalho? A linha é realmente ténue. Quando dás por ti, começas o dia a sentir um ligeiro mal-estar e nem sabes porquê! Este mal-estar tem um nome: ansiedade. E não é ao acaso que os índices de ansiedade e depressão na população se têm mostrado crescentes nos últimos anos. Muitas vezes, mesmo que inconscientemente, começas o dia a comparar-te. Porque fulana já está a vender um curso e fulana escreveu um post a explicar como conseguiu 100k só no primeiro trimestre (e não estamos a falar do número de seguidores), fulana agora vai ter um evento e fulana já tem um rol de stories do treino, do pequeno-almoço, da massagem, do sumo detox e da reunião com clientes e tu ainda nem tomaste o teu primeiro café do dia. É muito fácil cair na rede do “não estou a fazer o suficiente”. Mas se pararmos um pouco e olharmos com a devida distância, parecemos só todos malucos. Perdoem-me a frieza… mas não estaremos a enlouquecer e a bater palmas a quem enlouquece mais e mais alto? Se queremos estar no digital de forma plena, é preciso distanciarmo-nos. Vou partilhar contigo algumas atividades e comportamentos que incluí na minha rotina de forma a poder estar no digital plena e serena apesar de usar o Instagram como ferramenta de trabalho. Em suma: estas foram algumas rotinas e pensamentos que introduzi no meu dia-a-dia para poder estar plena no digital…e fora dele, claro! O meu conselho é que procures acompanhamento profissional caso sintas uma dificuldade exagerada em criares distanciamento entre a tua pessoa e o que está a acontecer em teu redor. Posso dizer-te que não estaria onde estou agora se não fosse pela terapia! Páginas que podes seguir para aprofundar o tema da saúde mental: THE BLOSSOM CLUB: @the.blossom.club
3 coisas que estão a limitar o teu crescimento (no digital e na vida real)

Se há coisa que me fascina é tentar perceber os padrões que levam a determinados comportamentos ou mesmo determinados resultados. No caso concreto do digital, ao fim de alguns meses a fazer sessões estratégicas semanalmente, pude constatar que também o fracasso dos demais em comunicar e conectar-se no digital, obedece a um padrão. E esse padrão está até relacionado com a vida real, passando só depois para as redes. É um padrão que se baseia em crenças, que atravessaram os tempos e sabotam a jornada pessoal do indivíduo no digital, e vou partilhar neste artigo as 3 mais preponderantes, à semelhança do que já fiz num post de Instagram com o mesmo título. “Não tenho tempo” Esta é uma das primeiras barreiras ao sucesso, no digital ou fora dele, esta perceção de que não se tem tempo. Se não tens tempo para o teu próprio negócio, lamento informar, mais ninguém terá. É preciso criar conteúdo mas “não tenho tempo”, é preciso estudar mas “não tenho tempo”, é preciso fazer analisar o mercado mas “não tenho tempo”. E podia continuar. Em primeiro lugar, tens tempo de sobra. O que não tens é prioridades. A tua vida é um bolo de coisas, que concorrem umas com as outras, consumindo o teu tempo e a tua saúde. Na hora que te sentares a definir bem as tuas prioridades o tempo rende. Oh se rende! A vida ganha mesmo outro sentido quando deixas de argumentar que não tens tempo e passas a dizer “tenho outras prioridades neste momento”! Outra coisa que podes considerar, é delegar tarefas. Nenhum ser humano tem de estar encarregue de tudo sozinho. Delega as tarefas que não dominas. Isso irá fazer-te acrescentar espaço na agenda para aquele que é realmente o teu propósito no negócio. “Toda a gente está a fazer isso agora” Menos tu, curiosamente, que estás apenas a analisar ou até mesmo a criticar o que outros estão a fazer! Primeiro, não te compares. Nem julgues o que os outros estão a fazer. Pensa comigo: quando julgas o outro, estás a julgar-te a ti mesma, pois estás a enquadrar uma determinada ação dentro do espetro das coisas que “nunca farias”. E não farás mesmo. Não terás a coragem. Muda o foco. Começa a apreciar o que outros estão a fazer no sentido de te inspirares. Segundo, se toda a gente está a fazer algo e tem resultados é porque, talvez, esse seja o caminho. Já ouviste falar em “fazer o básico bem feito”? Começa por aí. O que agora te parece tudo igual poderá ser a ignição dos projetos mais criativos que algumas vez tiveste em mãos! “Não tenho nada de realmente interessante para oferecer” Isso chama-se medo. Síndrome do impostor. É uma descrença total em ti, nas tuas capacidades, na tua pessoa. Mas, de todas as coisas que impossibilitam o teu crescimento, é honestamente aquela pela qual nutro mais compaixão. No entanto, é também aquela que mais te limita. Não vou estar com rodeios: este tipo de visão que tens de ti é algo que pode ser trabalhado em terapia. Provavelmente conta a tua história, mais do que qualquer livro algum dia contará. Porém, podes começar por desbloquear este género de pensamentos olhando à tua volta e vendo como todos somos diferentes e todos nós temos algo de incrível para oferecer a alguém. É isso que nos torna únicos, aliás! Contigo não é diferente. Todas as coisas que já conquistaste até hoje, por muito pequenas que sejam aos teus olhos, podem ser gigantes aos olhos daqueles que querem alcançar esses mesmos sonhos e ainda só estão a dar os primeiros passos. Outra coisa incrível que podes fazer é reservar alguns minutos do teu dia para contemplares ativamente estas conquistas. Quem sabe até comeces a passar isso para o papel e comeces a perceber a dimensão do que já alcançaste até agora! Concluindo: Há uma forte probabilidade de estes serem os fatores que te estão a impedir de crescer no digital. E até fora dele. As boas notícias que te quis trazer com este artigo é que todas estas coisas são relativamente fáceis de gerir e mudar na tua rotina. Define as tuas prioridades, não julgues o que os outros estão a fazer nas redes sociais e aprecia a tua jornada, que é única e inspiradora! Contacta-me por MP no Instagram e diz-me se estas palavras te fizeram sentido.
Para bom algoritmo, meia palavra basta

Ando há largos dias para me sentar a escrever sobre algoritmo. Marquei na agenda como “o primeiro artigo do blog” e não queria mesmo vacilar, mas quis a vida que fosse empurrando as palavras com a barriga e eis que acontece o inesperado: saem boas novas sobre o dito cujo. Recentemente, foi anunciada uma nova funcionalidade no Instagram que passa pela possibilidade de fazer reset ao algoritmo. Ainda está em fase de testes, mas diz quem experimentou que deu total resultado, “voltei a ver páginas que tinham desaparecido do meu feed há muito”. Claro que não posso avançar pelo tema sem antes explorar o que é o algoritmo e para que serve. Também não há muito tempo que lancei no meu feed um post intitulado “como alimentar o teu dragão”, onde explico como deves proceder na tua conta para que o teu algoritmo trabalhe bem a teu favor. E porquê? Porque na hora em que o teu algoritmo está bem afinado, meia palavra basta para conseguires alcançar os teus objetivos. O algoritmo ajuda a conectar marcas ao público certo, compreende quais mensagens ou conteúdos funcionam melhor no teu nicho e torna as experiências online mais relevantes para cada utilizador. Então, vamos por partes: O que é o algoritmo? Vem descrito na literatura como um conjunto de regras ou instruções que um sistema segue para resolver problemas ou tomar decisões. No contexto do Instagram é utilizado para organizar, filtrar e priorizar informações com base em dados e comportamentos dos utilizadores. Ou seja, tudo o que fazes na plataforma, os vídeos que assistes, os usuários que segues, os conteúdos que pesquisas, as pessoas com quem interages, mesmo que por mensagem privada, entre outros, conflui para alimentar o teu “dragão” (algoritmo). O que é ótimo, porque a ideia é a plataforma conhecer-te tão bem que te dê precisamente o que mais gostas e, assim, te faça despender mais tempo online. Mas como nada na vida são só rosas, chega a um ponto em que parece que estás sempre a ver mais do mesmo. Daí a expressão “o algoritmo está viciado”. Neste sentido, e para melhorar a experiência do usuário, a meta está a desenvolver o dito reset do algoritmo. Se quiseres experimentar, apenas tens que ir a “definições e atividade”, procurar por “conteúdos sugeridos” e nesse mesmo separador “repor conteúdos sugeridos”. No entanto, esta funcionalidade ainda não está ao alcance de todos os usuários. Posto isto, coisas que deves saber sobre o reset do algoritmo: Para o comum mortal, fazer o reset ao algoritmo pode ser algo refreshing, mas se tens um negócio e pretendes fazê-lo por questões estratégicas, convém planeares muito bem os passos seguintes para que, realmente, surta o efeito desejado. Tal como no mundo fit, se não mudares o teu padrão, as tuas rotinas, a tua dieta, não é um detox que te vai salvar!